Edifício Joelma
No dia 1° de fevereiro de 1974, uma sexta-feira, um incêndio
parou a cidade de São Paulo.
O edifício Joelma tinha 25 andares e aproximadamente 756
trabalhavam lá, localizado na Av. 9 de Julho n° 225, Praça da Bandeira, São
Paulo – SP.
Era por volta de 08:50, quando um funcionário ouviu um ruído
de vidros sendo quebrados, vindo de um dos escritórios do 12º andar.
Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar
condicionado estava queimando.
Em seguida foi correndo até o quadro de luz daquele piso
para desligar a energia, mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação
exposta ao longo da parede.
As cortinas se incendiaram rapidamente e o incêndio começou
a se propagar pelas placas inflamáveis do forro.
O funcionário correu para apanhar o extintor portátil, mas
ao chegar não conseguiu mais entrar na sala, devido à intensa fumaça.
Então ele subiu as escadas até o 13º andar, alertou os
ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito
calor.
A partir daí o incêndio, totalmente sem controle, tomou todo
o prédio.
Edifício Joelma |
Edifício Joelma |
Foram feitas várias viagens com os elevadores enquanto o
oxigênio permitiu, salvando assim muitas pessoas.
No final, uma ascensorista, na tentativa de salvar mais
vidas, prosseguiu, mas como a fumaça havia piorado, ficou sem oxigênio e acabou
falecendo no 20º andar.
Segundo perícias, a causa do incêndio foi um curto-circuito
em um equipamento de ar-condicionado em um dos andares, provocando um superaquecimento
na fiação elétrica, gerando o primeiro foco de fogo, o qual se espalhou por
todo o edifício.
Na tragédia foram 191 mortos e mais de 300 feridos.
Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no
incêndio vagam pelo prédio até os dias de hoje.
Hoje com nome de Edifício Praça da Bandeira.
As treze almas!
Uma das tragédias desse incêndio que mais impressionou, foi
o fato de que (13) treze pessoas tentaram escapar por um elevador, não
conseguindo, e morrendo carbonizadas em seu interior, sendo que devido ao
estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época
ainda não existia a análise de DNA, foram então enterrados lado a lado no
Cemitério São Pedro, localizado na Av. Francisco Falconi, 837, Vila Alpina em
São Paulo.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas, e a elas
são atribuídos milagres, ficando conhecidas como as 13 Almas não identificadas.
As sepulturas atraem centenas de curiosos, principalmente às
segundas-feiras, dia das almas.
Ao lado das sepulturas, foi construída a "Capela das
Treze Almas", onde diariamente muitos visitantes fazem suas preces
agradecendo à Deus pelas graças alcançadas e também fazendo seus pedidos.
O local ficou conhecido algum tempo depois do sepultamento
das 13 vítimas não identificadas do Joelma, quando pessoas ouviram gemidos e
choros misteriosos.
Assustados, procuraram verificar de onde vinha aquilo, sendo
que descobriram que os gemidos e choros saiam das sepulturas das 13 vítimas.
Então sabendo como morreram (queimados), foi derramada água
sobre as sepulturas, sendo que em seguida os gemidos e choros cessaram.
Sabendo do ocorrido, pessoas começaram a fazer orações para
as 13 almas, pedindo graças diversas.
Quem visita os túmulos das "Treze Almas" no
Cemitério São Pedro, sempre pode verificar a existência de um copo com água
sobre cada sepultura, isso com o objetivo de tranquilizar as almas dessas
vítimas do incêndio do Edifício Joelma, as quais morreram carbonizadas em um
imenso calor.
Túmulos das treze almas |
Hoje em dia ainda após o edifico ser batizado de Praça da
Bandeira, ouvimos relatos de acontecimentos sobrenaturais nas dependências do
mesmo.
Edifício Praça da Bandeira |
O Caso do Escritório de Advocacia
"Em um escritório da advocacia alugado pouco tempo após
a reinauguração, uma assistente ficou até mais tarde para organizar os documentos
deixados no final do expediente.
Como já era tarde da noite, e devido a existência de muitas
salas ainda vazias e sem utilização, o prédio mantinha um silêncio sombrio e
assustador.
Isso em conjunto com as lembranças do incêndio que ocorreu
no passado, produziam um ambiente ainda mais assustador.
Em certo momento a assistente ouviu um barulho na antessala
do escritório, como se a porta tivesse sido aberta.
Quando ela foi olhar, a porta estava fechada, como havia
estado antes.
Então ela imaginou que fosse uma outra porta em outra sala
do mesmo andar que havia gerado aquele ruído.
Instantes depois ela ouviu o barulho novamente, e quando se
voltou, viu um vulto de uma mulher passando pela antessala.
Ela se assustou chegando a dar um grito.
Foi observar novamente e não havia ninguém no local, apenas
ela. Rapidamente ela pegou suas coisas, e saiu do escritório.
Quando foi trancar a porta, novamente ela viu o vulto de uma
mulher no fundo do corredor, desaparecendo em seguida.
A assistente rapidamente deixou o edifício e tempos depois
se demitiu, pois havia a necessidade de ficar em alguns dias até mais tarde e
ela não concordou com a solicitação, temendo ver aquele vulto novamente ou algo
ainda pior ".
O Caso do Motorista de Entregas
"Havia chegado com minha perua Kombi no subsolo do
"Edifício Praça da Bandeira", para entrega de algumas encomendas,
isso aproximadamente às 20:00 horas.
Estacionei como de costume, sendo que meu ajudante retirou
as encomendas da perua para entregá-las no local solicitado.
Permaneci então ali dentro da perua sozinho, aguardando o
retorno do ajudante para irmos embora.
Algum tempo depois, como que por espanto, vi surgir no fundo
do estacionamento uma mulher vestida toda de branco, sendo que ela veio se
deslocando em direção à minha perua.
Nesse momento notei que ela não estava caminhando, e sim
flutuando a alguns centímetros do chão, indo em direção à outra parede do
estacionamento, desaparecendo em seguida.
Saí então da perua e subi até o andar onde estava meu
ajudante, e contei para ele o acontecido, saindo em seguida rapidamente do
edifício.
Hoje evito de todas as maneiras fazer entregas à noite
naquele local".
Segundo depoimentos de testemunhas, muitos outros fatos
sobrenaturais ocorreram e ainda ocorrem no Edifício "Praça das
Bandeiras" (antigo Joelma), pegando de surpresa as pessoas mais
desavisadas.
A professora que inspirou o filme “Joelma 23° andar”
A professora Volquimar Carvalho dos Santos, 21 anos,
trabalhava no setor de processamento de dados de um banco que funcionava no 23º
andar do Edifico Joelma. Ela era funcionária da empresa havia um ano e meio. O
irmão dela, Álvaro, trabalhava no 10º andar do mesmo prédio. A família de
Volquimar é espírita.
Volquimar |
Ao ser dado o aviso de incêndio, Volquimar e outras quatro
companheiras tentaram fugir pela escada, mas quase foram atropeladas pelos
funcionários desesperados que tentavam se salvar.
Elas correram para a cobertura do prédio, mas acabaram
morrendo por asfixia. Álvaro, irmão de Volquimar, sobreviveu ao incêndio.
Álvaro localizou o corpo da irmã no IML horas depois do
incêndio ter terminado.
Meses depois, Volquimar enviou uma mensagem psicografada
para a mãe através do médium Chico Xavier.
Na mensagem ela contava como tinha sido os seus últimos
minutos de vida.
Em 1979, a história de Volquimar se transformou no filme
“Joelma, 23º andar”.
O roteiro é baseado nas cartas psicografadas por Chico
Xavier que estão no livro “Somos Seis”.
Fatos estranhos ocorreram durante as filmagens, como ruídos
misteriosos no local onde não havia ninguém, refletores que eram
"derrubados", embora estivessem bem fixados, sendo que um dos fatos
mais incríveis, foi a imagem de uma "pessoa" que não estava nas
filmagens ao lado dos personagens em uma das cenas, indicando nitidamente ser
um dos possíveis "Fantasmas do Edifício Joelma".
Cena do filme: Joelma 23° andar |
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