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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Relatos Reais - Seguidores

A cerca de 10 meses atrás fui convidado para uma festa de final de ano na empresa em que um amigo trabalhava.
Esta empresa fica na mesma cidade onde moro e meu amigo mora na capital Belo Horizonte q fica aproximadamente a uns 40 km da empresa...
Neste dia eu havia trabalhado até as 18:00 hrs aí aproveitei para ir ao salão já q a festa começaria as 20:00...
Lembro q quando estava na cadeira sendo atendido ouvi um dos clientes dizerem q havia uma obra na rodovia q liga minha cidade a capital e por isso os motoristas estavam optando por um desvio para poupar tempo...
Este meu amigo costumava sempre me buscar e levar para o trabalho já q o início de meu expediente era pouco depois q o dele se encerrava e já q ele morava na cidade em q eu trabalho eu aproveitava a carona(até mesmo porque na época eu era inabilitado).
Nossa amizade se estendia a vários outros momentos;Estávamos sempre juntos quando possível tanto é q o banco dianteiro do passageiro somente eu ou a namorada dele utilizava...
Passando se as horas lá estávamos nós na festa.
Nunca fui de beber além da conta mas bebi um pouco,apenas para não ficar só no refrigerante...
Estando eu ainda sóbrio fui conversar com o Thales(meu amigo)para pedir q ele não exagerasse pois ele quem dirigia o carro e não sua namorada...
Ele já com os ânimos meio exaltados por causa da bebida veio querer brigar dizendo q nossa amizade era apenas pretexto para eu me aproximar da Daiane(sua namorada)...
Já muito nervoso fui embora para não render a discussão...
Minha casa fica a três quadras da empresa onde estava acontecendo a festa, resolvi ir andando mesmo pois era bem perto,nisso já eram 2:00 hrs...
A rua estava deserta e não se via nem mesmo um gato,um morcego ou qualquer sinal de vida,havia apenas o som do vento q mais se parecia um gemido de agonia...
Seguindo o curto trajeto notei q sempre q eu me aproximava de um poste ele se apagava,me deixando assim encoberto pela escuridão da madrugada...
Não levei muito a sério pois as vezes quando venta há picos de energia.
Porém depois da metade do caminho ouvi alguns passos atrás de mim q pareciam se aproximar cada vez mais...
Olhava atentamente e não via ninguém.
De repente senti um cheiro muito forte de algo podre,parecendo carne em decomposição...Achei estranho já q não havia nem sequer lixo na rua,muito menos animais mortos...
Acelerei meus passo afim de chegar logo em casa...A sensação de q eu estava sendo observado era insuportavelmente assustadora...
Quando cheguei na rua de minha casa faltando uns 40 metros para a porta senti algo q eu faria de tudo para esquecer...
Senti algo segurando firmemente meu ombro e sussurrando com uma voz q parecia um rosnado.
A voz dizia:..."Se cruzares a porta ela não voltará...Se não cruzares você não voltará".
Fiquei em choque,a voz parecia vir de um pouco acima de meus ouvidos como se a criatura q me falava tivesse cerca de 1,90 de altura,talvez pouco mais...
Não via nada na minha frente além da porta de minha casa,corri em disparada e enfim entrei.
Logo q entrei recebi uma ligação do Thales...Na ligação ele tentou se desculpar pelo desentendimento na festa,e implorava para q eu dirigisse pra ele até sua casa porque ele estava bêbado demais para se lembrar do desvio q havia feito mais cedo para chegar a festa...
Ainda meio chateado e com medo do q acabara de ocorrer eu não pensei duas vezes..Disse a ele q não o levaria e desliguei o celular...
Fui direto para o quarto de minha tia q estava de passagem por lá e peguei um de seus calmantes pois eu estava em pânico absoluto.
Passado alguns minutos eu me apaguei sem perceber o sono chegar...
Quando por volta das 3:35 acordei com meu celular tocando.
Achei muito estranho pois tinha certeza absoluta q eu havia o desligado...
Mas atendi mesmo assim.
Era uma mulher q havia presenciado um acidente na saída da minha cidade e resolveu ligar para o número da última ligação do motorista e a última ligação foi para mim...
A mulher mal conseguia falar pois estava assustada.
A única coisa q ela conseguiu dizer foi q o motorista estava consciente porém a mulher estava morta...
Custei acreditar pois pensei q fosse alguma brincadeira de mal gosto mas depois me toquei da realidade...
De repente a dor do arrependimento foi mais forte do q o medo q me dominava...
Veio uma dor na consciência ao lembrar q eu me recusei a dirigir para q os dois chegassem em segurança...A vontade era de me matar,talvez assim a sensação de culpa passasse.
No dia seguinte ao acidente fui ao pronto socorro para fazer uma visita a Thales...Chegando lá percebi q a situação dele era pior do q eu imaginava...Thales q antes estava consciente se encontrava em coma profundo.
Me senti o pior amigo do mundo ao perceber q eu poderia ter evitado toda aquela desgraça...
No mesmo dia haveria o enterro de Daiane...
O mínimo q eu poderia fazer era me despedir e pedir perdão ter sido tão negligente.
Passado alguns dias pouco menos de uma semana recebi uma ligação do hospital por volta das 14:00 dizendo q Thales retomara a consciência e precisava falar comigo...
Diferentemente da primeira vez eu jamais diria não ao meu amigo novamente.
Mesmo sem habilitação peguei o carro e fui para o hospital...
No dia estava tendo uma manifestação na rodovia 424 o q fez com q eu me atrasasse quase 2 horas...
Quando cheguei ao hospital me informaram q ele havia sido transferido para outra a UTI devido a gravidade do caso...
Fui ao quarto em q ele se encontrava:
Lá estava ele com os olhos abertos olhando em direção a porta,parece q estava ansioso para me ver pois precisava me dizer algo...
Já eram 17:15 hrs....Arrastei uma cadeira e a coloquei ao lado de sua maca...
Estranhamente Thales tinha total controle sob seus olhos mas em momento algum me olhava no rosto.
Thales olhava fixamente acima do meu ombro direito como se estivesse alguém ali...
Mesmo assim continuei a esperar o que ele tinha a dizer.
Quando de repente Thales se segura em minha mão com muita força e diz:"06 de dezembro"...
Essas foram suas últimas palavras..Thales então largou minha mão e fechou os olhos...Eram 17:40.
No desespero acionei o alarme da enfermaria para q o socorressem....
Algo me deixou abalado quando a enfermeira chegou ao quarto.
Ela me disse q a morte cerebral de Thales foi confirmada oficialmente as 15:30,quando eu ainda nem havia chegado ao hospital...
Mais uma vez entrei em choque,e saí ao ar livre para q eu pudesse relaxar e entender tudo aquilo.
Mais tarde um pouco mais calmo tentei encontrar sentido naquela data da qual ele me disse e me lembrei q esta foi a data do acidente...
Hoje mesmo passado alguns meses esta data me assusta pois não sei se ele estava se referindo ao dia do ocorrido ou ao dia q ainda virá...
Enquanto isso o medo e a culpa me consomem vivo.

Enviado por: Ernane Jhone

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