Sarah olha para seu quarto, nessa hora tudo fica assustador, suas bonecas na estante logo a frente aparentavam ter um aspecto macabro, elas estavam apenas observando Sarah com seus olhos esbugalhados, Sarah abraça seu ursinho com força, ela tem medo, mas quer ser corajosa, ela continua olhando ao redor, ela continua se sentindo observada. Finalmente ela observa um dos cantos escuros do quarto, estava muito escuro, mas forçando seus olhos Sarah consegue distinguir uma forma. Ao distinguir aquela estranha forma que aparentava ser um homem, coincidentemente a chuva finalmente, em meio a raios e trovões, começa a cair. Sarah quer ser corajosa, ela se levanta e segue em direção ao homem, ele sabe que Sarah quer vê-lo e antes dela chegar numa área onde sua face fosse visível, ele apenas faz um simbolo com a mão para Sarah parar.
Sarah entende o sinal e para, ela com uma voz doce e inocente fala:
– Olá! Quem é você? O que faz no meu quarto?
O silencio reina por um tempo, Sarah indaga:
– Vamos! Fale comigo! Se não vou chamar os meus pais! Quem é você? O que faz no meu quarto?
O silêncio continua reinando. Ela pensa em gritar:
– Paaaaa.....
– Shiiii. - Faz com um dedo da frente da boca o homem nas sombras.
Então me responda! – Fala Sarah com uma voz seria.
– Minha criança, suas perguntas não irei responder, não é a hora ainda. – Indaga o homem com uma voz rouca, fraca quase inexistente, talvez ela não fosse escutada se um trovão aparecesse na hora.
– Então, por que está nas sombras? – pergunta Sarah.
– É onde eu vivo. – diz o homem.
– Deve ser solitário ai... – Fala Sarah sentindo pena do homem.
– Você não tem medo... – Ele é interrompido por um trovão violento.
– O que? - Diz Sarah.
– Você não tem medo de mim? – Repete o homem agora terminando a pergunta.
– Porque eu teria?– Fala Sarah apertando contra seu peito seu ursinho.
– Porque eu sou um pesadelo... – Fala o Homem.
– Pesadelo? Você é só uma pessoa com problemas, me diga o que aconteceu, Eu sempre ajudo meus amigos! Aliás! Quer ser meu amigo? É... Que eu não tenho muitos... – Diz a criança com um final receoso em seu tom de voz.
O homem rir um pouco e Sarah consegue distinguir um sorriso em seu rosto. Ele a responde:
– Eu adoraria ser seu amigo, mas... Eu não vou ficar aqui muito tempo.
– Por favor fique, me diga seu nome pelo menos... – Pede a doce menina
– Meu nome? Acho que não tem mais problema certo? – Disse o Homem. – Eu já tive muitos nomes, todos em épocas diferentes, mas talvez o que você me conheça é Bicho Papão!
A Doce menina aperta mais forte seu ursinho contra si, seu corpo treme, o homem... Ops o Bicho Papão vai em direção a ela, revelando em meio aos relâmpagos sua face deformada, seu corpo necrosado e fala:
– Por isso minha criança eu não disse meu nome, não disse o motivo de estar aqui, meu nome você já sabe, agora o motivo de estar aqui é simples, eu me alimento do medo... Você agora é uma refeição completa.
Ele caminha em direção a Sarah, um vulto preto cai sobre ela e a única tentativa de gritar de Sarah é abafado por um trovão assombroso. No dia seguinte foi apenas encontrado um bilhete preso no braço do ursinho da jovem:
" Não tenha medo do escondido na escuridão, tenha medo se aquilo sair de lá para ir a luz, é nesse momento que eles querem te pegar."
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